Em 2006, convidaram-me para expôr na Biblioteca Municipal de Belém.
Recordo especialmente essa Exposição pois fiz a minha primeira Intervenção. Decidi criar e colocar um
suporte no chão e inseri nele uma espécie de tijolos criados pacientemente por mim, manualmente, um a a um. Neles,
escrevi muitas palavras que nos rodeiam na mente e no exterior.
Palavras "ditas", "não ditas" ou, então, sómente vividas.
A preocupação premente pelo irradiar
colapsado de guerras intermináveis, de amores imbecis, de ausências sentidas, de sentimentos austeros e
ricos viriam de mãos dadas a um placar que, para o efeito, também coloquei na parede escrito
intencionalmente letra a letra por mim.
Por último decidi ofrecer aos presentes um testemunho pictórico a cada uma das almas que lá estiveram comigo. Pequenas frases ou interrogações colocariam de novo o visitante a questionar-se.
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